Escópia

O que fazer na Escópia

Escópia, ou Skopje, é a capital e a maior cidade da Macedônia do Norte. A cidade desenvolveu-se rapidamente após a Segunda Guerra Mundial, mas o crescimento foi interrompido em 1963 abalada por um grande terremoto. Atualmente é uma cidade moderna, que preserva monumentos culturais do passado. É um importante centro siderúrgico, assim como das indústrias química, madeireira, têxtil, de curtumes e publicitária. O desenvolvimento industrial da cidade foi acompanhado por um desenvolvimento intensivo dos sectores do comércio e de operação bancária, assim como foi dada ênfase aos campos da cultura e do desporto.

Ponte das Artes

A cidade é boa de visitar, os principais pontos são próximos e muito bem cuidados. Numa caminhada pelo centro você passa por várias belas construções, algumas históricas e muitas outras novas com aparência de antigas, como a Ponte das Artes. Que é uma ponte de pedestres sobre o rio Vardar. A ponte apresenta muitas estátuas de artistas e músicos macedônios. Foi construída como parte do projeto Escópia 2014, e inclui 29 esculturas, com 14 de cada lado e uma no centro.

Museu Arqueológico da macedônia

O imponente prédio do Museu Arqueológico também é um dos mais vistos e procurados. Tem um acervo muito interessante, principalmente de moedas antigas. O prédio fica bem próximo da Praça Macedônia, em frente a Ponte do Olho (Eye Bridge), entre a Ponte de Pedra e a Ponte das Artes. Sua construção começou em 2009 e foi concluído em 2014. Embora o edifício sirva principalmente de museu, ele também abriga o Tribunal Constitucional e o Arquivo Nacional.

O monumento ao Guerreiro no Cavalo, na Praça Macedônia

O ponto principal da cidade é a Praça Macedônia, com a gigantesca estátua “Guerreiro no Cavalo”, em homenagem a Alexandre o Grande. “Alexander” foi concluída em 2011 para comemorar 20 anos da independência da República da Macedônia. Tem 14,5 m de altura e fica sobre uma coluna de 10 m. A Praça foi revitalizada também no Projeto Escópia 2014, com reconstrução de fachadas e inclusão de várias estátuas e monumentos. Quando estivemos lá, em abril de 2019, haviam muitas obras para a visita do Papa, que estava próxima.

Porta Macedônia

Uma das principais obras do projeto é a Porta Macedônia (tipo um arco do triunfo), na rua 11 de outubro, perto da Praça da Macedônia. O arco é para comemorar a longa luta pela independência do País e tem 21 m de altura e contém 32 relevos, representando eventos desde a pré-história até a independência. O interior tem dois níveis, uma loja de lembranças e uma galeria, e um ponto de observação na cobertura. Foi inaugurado em 2012. 

Fortaleza Kale

Uma das principais construções antigas da cidade, que foi destruída e reconstruída diversas vezes, fica na margem norte do rio Vardar. A Fortaleza Kale, feita de blocos de pedra, já não tem as construções internas íntegras. Só restaram algumas ruínas, mas as muralhas foram reconstruídas e fornecem uma bela vista da cidade e por si só já valem a visita. No caminho para a fortaleza passamos pelo Bazar Antigo de Skopje, que é um mercado histórico onde artesãos de diversas áreas vendem seus produtos. Nessa parte antiga da cidade estão a mesquita de Mustafa Pasha, construída no século XVI, e a igreja de São Salvador, do século XVII.

Casa Memorial Madre Tereza

A Casa Memorial Madre Teresa fica na movimentada Rua Macedônia, onde ficava a Igreja Católica Romana do Sagrado Coração de Jesus, onde Madre Teresa, nascida na Escópia, foi batizada. Nas três primeiras semanas, a casa memorial foi visitada por 12.000 pessoas. Madre Tereza viveu na cidade de 1910 a 1928.

A Ponte de Pedra sobre o rio Vardar com a Praça Macedônia ao fundo

O projeto Skopje 2014 foi criticado por vários grupos desde o momento em que foi anunciado. O custo altíssimo o projeto é visto por muitos como um desperdício de recursos em um país com alto desemprego e pobreza. O principal partido da oposição alegou que os monumentos poderiam ter custado de seis a dez vezes menos do que o que o governo pagou. O projeto foi visto como parte da política de “antiquização” do país, que procura reivindicar figuras da Macedônia antiga como Alexandre, o Grande, e Filipe II da Macedônia. Dizem que pode ter sido devido a disputa de nomes com a Grécia, numa tentativa de pressão. Alguns acham que o “facelift” dado na cidade, com os monumentos pode ter atraído turistas com o ar clássico do passado. Enfim, acho que a cidade vale uma visita, até pelos preços que são ótimos, mas saber que todas as construções históricas são do século XXI é estranho.