Estrada Real – Caminho Velho

O que conhecer no Caminho Velho da Estrada Real

O Caminho Velho da Estrada Real também chamado de Caminho do Ouro. Foi o primeiro trajeto determinado pela Coroa Portuguesa e liga Paraty, no litoral fluminense, a Ouro Preto, região produtora de ouro no interior de Minas Gerais. O percurso levava, no século XVII, 60 dias para ser feito pelos tropeiros a cavalo.

Paraty-RJ

Fundada em 1667 em torno da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios é considerada Patrimônio Histórico Nacional e preserva até hoje os seus inúmeros casarões e igrejas que traduzem um estilo da época. Passear pelo centro histórico é como estar em outra época. contribui para isso a proibição do trânsito de veículos e da pavimentação com pedras “pés-de-moleque” de suas ruas.

A cidade teve grande importância no século XVIII pelo porto por onde se escoava das Minas Gerais, o ouro e as pedras preciosas que embarcavam para Portugal e pelos engenhos de cana-de-açúcar (chegou a ter mais de 250). Paraty era sinônimo de boa aguardente.

Igreja Nossa Senhora dos Remédios

Cunha-SP

O município de Cunha é uma estância climática, com clima temperado e seco. A temperatura varia de -3 a 15°C no inverno e de 15 a 25°C no verão. A cidade tem a típica tranquilidade do interior e a sugestão é aproveitar os passeios pelo Parque Estadual da Serra do Mar e uma caminhada até a Pedra da Marcela, a 1.840 m de altitude, de onde se avista o litoral de Paraty, a baía da Ilha Grande e parte de Angra dos Reis. Em Cunha, não deixe de conhecer os vários ateliês de cerâmica. Em algumas datas é possível acompanhar a abertura de fornos, onde as peças são queimadas. Vários ateliês utilizam o forno à lenha Noborigama de alta temperatura, de origem oriental, que produz cerâmica de grande beleza e alta resistência.

Cunha (foto: cunha.sp.gov.br)

Passa Quatro-MG

Passa Quatro está inserida na Serra da Mantiqueira e é uma estância hidromineral.   O trecho inicia em Passa Quatro. O nome da cidade vem do curso d’água tortuoso que os bandeirantes paulistas descobriram na região em suas primeiras expedições, ainda no século XVIII. Como as curvas do rio eram muitas, eles passavam por suas águas quatro vezes durante a viagem.

Passa Quatro (foto: Adilson Moralez e Guto)

Itamonte-MG e Capivari-MG

O nome Itamonte tem origem na mistura do tupi com o português, compondo algo como “pedra do monte”. É uma alusão ao pico de pedra, referência geográfica na região desde as primeiras excursões ao interior, ainda no século XVI.

Trecho entre Itamonte e Capivari (Foto: Vinicius Moreira)

Caxambu-MG

A cidade tem como principal atrativo as fontes de água minerais descobertas em 1814, que tornaram a cidade famosa em todo o país. Por lá, em 1748, foi erguido o templo dedicado a Nossa Senhora dos Remédios. Em torno dele se constituiu a sede da cidade. O Parque das Águas de Caxambu, com doze fontes, é um dos mais completos balneários do país.

Parque das Águas – Caxambu (foto: Econt)

Carrancas-MG

Diz a lenda que as catas, formadas pelas escavações em busca de pedras preciosas, vistas de longe pareciam caras feias. Daí, o nome da cidade. O município tem sido cada vez mais procurado por praticantes de ecoturismo por causa de suas cachoeiras e serras.

Cachoeira dos Índios – Carrancas-MG

Trecho entre Carrancas e Capela do Saco

Marco da estrada tendo a cidade ao fundo e a estrada que encontrarão para descer ate a Capela do Saco. Se seu carro não for 4×4 nem pense em subir. E descer apenas se o carro for alto.

O marco e a estrada entre Carrancas e a Capela do Saco

São João Del-Rei-MG

Foi importante ponto de troca de mercadorias até o século XIX. Mesmo sendo uma cidade de médio porte, preserva o centro histórico, onde é possível ver diversas faces da arquitetura brasileira – do barroco colonial do século XVIII, com suas belas igrejas, ao eclético do século XIX, com seus elegantes sobrados. São João Del-Rei possui boa infraestrutura turística.

Igreja de N.Sra do Carmo – São João Del Rei

Tiradentes-MG

A cidade preserva antigos casarões, com grande infraestrutura de atendimento ao turista. Restaurantes que aliam a tradicional culinária mineira com requintadas receitas internacionais, ateliês e lojas de artesanato dão o tom do lugar. Destaque para a Igreja de Santo Antônio,
construída entre 1710 e 1750, que ocupa um dos lugares no pódio das igrejas brasileiras com maior quantidade de ouro na ornamentação.

Igreja de Santo Antônio – Tiradentes-MG

Bichinho-MG

O trecho entre Tiradentes até Prados passa por Vitoriano Veloso, mais conhecido como Bichinho, um charmoso vilarejo com inúmeros ateliês de artistas, lojas de artesanatos e até um Museu particular de carros antigos. Existe um passeio noturno para conhecer Tiradentes com essa jardineira da foto, que pertence ao museu.

Foto: Alex555

Lagoa Dourada-MG

Cidade conhecida nacionalmente como a terra do rocambole. Seu nome tem origem na descoberta do ouro em uma lagoa, por bandeirantes no século XVI.

Matriz de Santo Antônio – Lagoa Dourada-MG (foto:Thamires Buzati de Resende)

Entre Rios de Minas-MG

Aconselhamos a ajuda de um guia local para conhecer as ruínas da Pedra do Gambá. Datada do sec. XVIII, está localizada no povoado de São José das Mercês, que fica cerca de 12 km da sede do município.

Pedra do Gambá – Entre Rios de Minas (foto: Glauco Umbelino)

Congonhas-MG

A cidade que conta com um verdadeiro “acervo a céu aberto” da arte de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). Todo o conjunto da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Bom Jesus do Matosinhos – Congonhas-MG (Foto: Eduardo Mota Silva)

Glaura-MG

Um dos mais antigos distritos da região do ouro. Fundada no século XVIII, no auge da exploração do ouro, servia como refúgio para os grandes senhores que tinham o antigo arraial como ponto médio entre Vila Rica (antigo nome de Ouro Preto) e São João Del-Rei. Como atrativo, o distrito oferece o charme da vida bucólica de um pequeno povoado, a Igreja Matriz de 1764, a paisagem colonial e as cachoeiras da região da Serra de Ouro Branco.

Paisagem de Glaura-MG (foto: Glauco Umbelino)

Ouro Preto-MG

Não é por acaso que os três caminhos que formam a Estrada Real passam por aqui. Durante o ciclo do ouro do Brasil colonial, a cidade era o mais importante centro econômico e político país. Hoje, construções da época, como as dezenas de igrejas, são atrativos para os turistas, que contam também com a agitada cena cultural ouro-pretana e com um refúgio frente à Mata Atlântica preservada do Parque Estadual do Itacolomi.

Ouro Preto-MG (foto: Auro Queiroz)

Caminho Novo – Ouro Preto / Rio de Janeiro

Caminho dos Diamantes – Ouro Preto / Diamantina

Caminho do Sabarabuçu – Cocais / Glaura

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