Tihuanaco

O lugar é visita obrigatória para quem está na Bolíva. Fica a menos de 40 km da fronteira com o Peru e pouco mais de 70 km de La Paz e passamos por lá quando seguíamos para Cusco. Porém, lá descobrimos que haviam vários protestos no lado peruano que impossibilitariam nossa viagem. Vários turistas estavam presos em Machu Picchu, nosso destino final, pela paralização dos trens. Resolvemos então dormir em Tihuanaco para refazer nossos planos de viagem.

Igreja San Pedro, no centro da cidade.

Tihuanaco, Tiauanaco ou Tiwanaku é um sítio arqueológico pré-colombiano próximo ao lago Titicaca e um dos maiores sítios arqueológicos da América do Sul. São cerca de 4 quilômetros quadrados e incluem cerâmicas decoradas, estruturas monumentais e blocos megalíticos. Acredita-se que a população do local atingiu o pico por volta do ano 800 com uma população entre 10 e 20 mil pessoas. Hoje existe uma pequena vila bem agradável com uns 900 habitantes mais ou menos.

O muro do Templo de Kalasasaya

Estima-se que o local foi fundado entre o ano 50 e 170. O primeiro registro escrito foi em 1549 pelo conquistador espanhol Pedro Cieza de León enquanto procurava pela capital inca do sul, Qullasuyu.

A Porta do Sol

Muitos arqueólogos acreditam que os habitantes foram uma das sociedades que deu origem ao povo Inca, mas há quem acredita apenas que a lugar foi ocupada pelos incas em 1445 quando o imperador inca Pachacuti conquistou a região do Titicaca. Ainda existem muitos mistérios e lendas sobre Tihuanaco, que é considerado patrimônio histórico mundial pela Unesco.

Monolito Ponce

Ao longo dos anos o local sofreu muitos saques e vandalismo, até por parte dos colonizadores espanhóis, apagando parte de sua história. Hoje restam as ruínas feitas com pedras vulcânicas, a maior parte, e as peças grandes que não puderam ser “roubadas” pelo tamanho. Um dos destaques, e a que eu tinha a maior curiosidade para conhecer, é a Porta do Sol. Mas confesso que tinha uma expectativa muito grande e o tamanho da estrutura não acompanhou minha expectativa.

Uma das paredes do Templo semi-subterrâneo

No sitio os principais atrativos são o Templo de Kalasasaya, onde fica a Porta do Sol, os monolitos Ponce e El Fraile. O Templo semi-subterrâneo, que eu achei bem preservado e o que sobrou da Pirâmide Akapana. Ainda faz parte do complexo o sítio arqueológico de Pumapumku, que fica em local próximo, mas não é muito procurado.

Uma das entradas do Templo de Kalasasaya onde se vê o monolito Ponce

Ainda há um museu com várias peças menores e não menos interessantes para ser visitado e uma feirinha de artesanato, sempre imperdíveis, com vários itens legais com preço bom. O ingresso para o complexo, incluindo o museu, custa 100 Bolivianos e é bom chegar cedo e visitar com guia. No nosso caso, como a fronteira estava praticamente fechada e o lugar e passagem para quem vai e volta do Peru, não haviam muitos turistas, o que foi bom, mas também não haviam guias, o que foi ruim…

Ruínas da Pirâmide de Akapana

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