Bolívia

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A Bolívia tem muita coisa legal para se ver e muitas cidades para visitar, mas acredito que a falta de estrutura espante um pouco os turistas que querem visitar o país com seu próprio veículo. Porém, entendendo o funcionamento das coisas, e se preparando, é uma viagem tranquila e divertida. A principal diferença que se sente ao percorrer o país, quando se é acostumado a viajar pelo Brasil e outros países da América do Sul, é a falta de postos de abastecimento com loja de conveniência, onde se pode fazer um lanche ou, pelo menos, comer um salgado. Isso é muito difícil encontrar lá. Mas vamos por tópicos para tentar facilitar o entendimento e auxiliar quem quer visitar o país.

Aduana

Uma particularidade de lá, que é a maior preocupação de quem vai com seu próprio veículo, é a exigência do documento de importação temporária (DECLARACIÓN JURADA – Ingreso y Salida de Vehículos de Turismo – Formulário 249) que o funcionário cadastra no SIVETUR, o sistema deles. Sem esse documento você estará fazendo contrabando do veículo, que lá é punido com apreensão e leilão imediato. Ou seja, perdeu seu veículo. E não não adianta reclamar, espernear, nem dar propina. Perdeu mesmo. Então, NUNCA saia da fronteira sem esse documento, em hipótese alguma. Outro documento é a “ORDEN DE CIRCULACION”, os dois você consegue na Aduana, lado boliviano.

O primeiro passo é registrar a saída do Brasil (depois de entrar em mais de 30 países foi a primeira vez que fiz isso), depois, dar entrada na Bolívia e partir para a regularização do veículo. Entramos pela fronteira com Corumbá num domingo, o que dificultou um pouco pois a Aduana Boliviana estava fechada e a Declaração Jurada foi emitida no lado brasileiro mesmo, e a Ordem de Circulação emitida em frente a Aduana boliviana após esperar 5 horas pelo retorno do funcionário do almoço…

Abastecimento

Esse é maior motivo de reclamações entre os viajantes brasileiros. Muitos dizem que os postos cobram mais caro dos brasileiros e que muitos se recusam a abastecer, o que não chega a ser totalmente inverdade. O que acontece é que o governo subsidia o preço dos combustíveis para os bolivianos e não para os estrangeiros, por isso pagamos mais caro (cerca de R$ 8,00). Para abastecer veículos estrangeiros é necessário alterar o sistema da bomba de combustível e fazer o cadastro do turista, o que é trabalhoso e demorado. Então se o posto tiver fila para abastecer, esqueça pois o frentista certamente dirá que não consegue, não pode, ou dará outra desculpa. A maioria das vezes conseguimos abastecer nos postos YPFB, que é estatal e quase (quase) sempre abastece sem problemas. Alguns postos fora do eixo Santa Cruz/Cochabamba/La Paz apenas cobram o valor a mais sem alterar o sistema da bomba, e existem pelo caminho muitos pontos de venda clandestina de combustível com valor mais em conta que nos postos, que não precisamos utilizar mas pode ser um alternativa.

Pedágios

Esse tem várias pegadinhas pelo caminho. Quando você passa pelo primeiro pedágio o atendente irá te perguntar onde irá, o valor dependerá da distância percorrida e ele te dará um recibo (guarde bem) que deverá ser carimbado em todos os próximos pedágios até o destino informado. Acontece que em alguns postos de cobrança o atendente diz que aquele recibo não serve e te cobrará novamente. Então, como temos que parar em todos os pedágios para carimbar ou pagar, melhor não informar um destino muito longe e pagar em todas as cabines. Assim o risco de sermos “enrolados” é menor.

Lugares Visitados