Vale dos Reis

O Vale dos Reis é onde, por um período entre os séculos XVI-XI a.C., tumbas foram construídas para os faraós e poderosos nobres do médio e novo império. O vale fica na margem oposta a Luxor, antiga Tebas. É bom começar cedo a visita e ir preparado com roupas frescas e calçado confortável.

Vale dos Reis

O vale constitui na realidade um grupo de gargantas sinuosas e profundas escavadas por um antigo curso de água. Dizem que o seu formato de pirâmide tenha sido principal fator na decisão dos faraós em adotar o local como morada definitiva. Porém, existe uma corrente entre especialistas que afirma que a mudança seria por segurança, já que os túmulos eram escavados entre os rochedos e ficavam mais reservados, sendo mais difícil de serem localizados e roubados, como acontecia com as enormes pirâmides.

Entrada da tumba de Tutankamon

Já foram encontradas no vale quase 70 sepulturas, denominadas de KV1 a KV70 de acordo com a ordem cronológica da descoberta. A primeira a ser descoberta foi o de Séti I, pelo explorador Giovanni Battista Belzoni, em 1817, mas foi somente em 1922 que o Vale dos Reis virou notícia no mundo todo, com a fabulosa descoberta do arqueólogo britânico Howard Carter (você ouvirá muito esse nome por lá), o túmulo intacto de um faraó praticamente desconhecido em meio à historiografia egípcia, Tutancamon (1341 a.C. – 1323 a.C.). Assim, o túmulo de Tutancâmon, que é um dos menores perto dos demais abertos a visitação, dá uma ótima ideia de como eram os outros locais antes de serem roubados. Tudo que estava no túmulo pode ser visto no Museu do Cairo. Hoje, o Rei Tutancamon, é um dos mais famosos faraós egípcios, mesmo não tendo sido um dos mais importantes.

Algumas das tumbas ainda em escavações

As escavações ainda estão em andamento para alguns túmulos e alguns estão abertos a visitação em um cronograma rotativo para permitir a visitação de todos. Ao entrar em algumas tumbas você vai perceber a riqueza em detalhes, é uma verdadeira viagem ao tempo, ainda há paredes que conservam a pintura original de milhares de anos, a exemplo da famosa Tumba de Ramsés VI. Não são permitidas fotos no interior das tumbas, e, como seguimos as regras sempre, não temos fotos próprias, somente as oficias de divulgação.

Interior da tumba do Rei Ramses V e Ramses VI (KV09)
Foto: Ovedc (wikimedia commons)

O Templo da Rainha Hatshepsut, dedicado a ela e ao deus Amon Rá está localizado ao pé da falésia de Deir el-Bahari. A escultura em relevo presente no templo representa a história divina do nascimento da rainha faraó e também a expedição à Terra de Punt. Após a morte da rainha muito do que havia no templo foi destruído e ou vandalizado, como grande parte dos templos do Egito.

Templo de Hatshepsut

Hatshepsut foi a segunda faraó feminina que governou o Egito, a primeira foi Sobekneferu. Ela assumiu o reinado em 1470 aC., e é distinguida na história por ser “um dos faraós” mais bem sucedidos do Egito Antigo e considerada uma das primeiras figuras históricas femininas cujas façanhas são conhecidas pelos historiadores modernos. Hatshepsut foi o quinto faraó da 18ª dinastia durante o Novo Império. As datas de seu reinado são debatidas pelos historiadores, mas acredita-se que ela tenha governado o Egito por 22 anos, de 1470 a 1458 aC.

Templo de Hatshepsut

Todos os templos são gigantescos, e as estátuas denominadas “Colossos de Memnon” não seriam diferentes. São duas estátuas gigantescas lapidadas em quartzito, do faraó Amenófis III da XVIII Dinastia, que ficam entre Luxor e o Vale dos Reis, medem 18 metros de altura e pesam cerca de 1300 toneladas cada. Elas guardavam a entrada do templo funerário de Amenófis III, que foi destruído com o tempo.

Colosso de Memnon

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